quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ah!! Chuvas... Lembranças.

Hoje a chuva resolveu lavar a cidade e as nossas almas. Desceu sem piedade arrastando desde a sujeira até a alegria de muitos que, cabisbaixos, encolhem-se e atravessam ruas e avenidas para seus compromissos inadiáveis. Para uns, é só chateação, outros, transtornos, haja vista a impaciência no trânsito, o mau humor, a intolerância no trato com o outro.
Mesmo com todos os transtornos, nunca encarei chuva como um problema. Ao contrário, sempre me deixa feliz, evocando lembranças especiais, constitutivas de minha personalidade, meu jeito de ser e ver o mundo.Talvez não seja, mas gosto de imaginar que meu elemento é a água.
Hoje, em especial, o barulho da chuva na vidraça me fez lembrar os transgressores tempos de menina correndo livre, de roupa colada ao corpo, rindo feliz, sem importar-me com os zangados “sai da chuva” ou as ameaças do “vai ficar doente”, “mamãe vai brigar” e tantas outras proferidas por minhas ajuizadas irmãs.
Através desses momentos é que me dei conta de que a meninice permaneceria na alma.


Edna Lopes




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